Uma boa notícia.
A Embratel começa a oferecer, até setembro, uma opção de acesso à Internet com telefone para novos usuários de computador por 39,90 reais mensais. A medida é, segundo a companhia, uma forma de atingir a classe C, que graças a incentivos fiscais está conseguindo comprar seu primeiro PC.
A companhia implementou uma rede de transmissão de dados móveis na região que pertencia à Vésper, empresa comprada pela Embratel no final de 2004 e que detinha licenças para as regiões da Telefônica (Estado de São Paulo) e da Oi .
Guilherme Luiz Zattar, diretor executivo de negócios residenciais da companhia, conta que quando a empresa adquiriu o controle da Vésper recebeu junto o serviço comercializado sob a marca "Livre", de telefonia fixa sem fio, cuja base apontava 1 milhão de clientes.
"Depois de "limpa", essa base de clientes caiu para entre 200 mil e 300 mil assinantes", já que havia um índice grande de inadimplência e mesmo de clientes que já haviam desistido, mas ainda eram contabilizados como usuários.
Como a rede da época não permitia acesso à Internet, a Embratel deu início a uma reformulação, que envolveu a troca dos fornecedores e da tecnologia utilizados.
A Ericsson, que forneceu a rede usada até então pela Vésper, foi substituída pela Nortel em São Paulo e pela Huawei na região da Oi (Sudeste, Nordeste e Norte do Brasil). Desde então, o total de clientes subiu para 1,7 milhão de usuários.
A tecnologia implementada foi a 1XRTT, uma variação do CDMA que permite conexões à Internet a uma velocidade média de 144 Kbps. "Como a linha discada permite uma conexão de 50 Kbps, teremos uma opção três vezes mais veloz", compara o executivo.
Segundo Zattar, feita essa reformulação, a Embratel decidiu criar um pacote que ofereça voz e Internet.
A atual base de clientes, que hoje só utiliza voz, poderá contratar o serviço de acesso à Web por adicionais 24,90 reais.
Em cerca de 20 dias, o pacote, batizado de Livre.com, começa a ser vendido em toda a região da Oi, menos no Estado do Rio de Janeiro, que assim como São Paulo só deve ter a opção "em três a quatro meses", de acordo com o executivo.
Segundo ele, em duas semanas de testes feitos na capital paulista "a aceitação foi muito forte" e gerou a adesão de 7,5 mil potenciais clientes.
À medida que os assinantes quiserem velocidades mais altas de banda larga, podem optar pelo Vírtua, da NET, de quem a Embratel é acionista minoritária e com quem tem uma parceria comercial.
"Nossa idéia neste momento é mesmo atender a essa classe C emergente", afirmou o diretor. A rede "Livre" da companhia cobre 95 municípios nas áreas da Oi e da Telefônica.
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