8 de ago. de 2008
Vôlei de praia vive relação de amor e ódio com a TV
A popularidade do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos tem criado algo como uma relação de amor e ódio do esporte com a televisão.
O esporte recheado de belas imagens se tornou um campeão nas transmissões das Olimpíadas. De acordo com o Comitê Olímpico Internacional, cerca de 3,5 bilhões de espectadores acompanharam as partidas nas areias dos Jogos de Atenas pela TV.
Por conta disso, cresceu o interesse pelo esporte, inspirando muitos países a formar times e a atrair patrocinadores.
O lado negativo é que as emissoras de TV começaram a demandar jogos que se enquadrassem em suas grades de programação e em um formato que os tornassem ainda mais atraentes para a televisão.
Em Pequim, as semifinais e as finais serão disputadas pela manhã, para serem transmitidas no horário nobre da TV nos Estados Unidos e no Brasil, países onde o esporte é muito popular.
Neste ano, os dirigentes reforçaram a regra de 1999 que determina que o saque deve ser dado até 12 segundos depois que o último ponto foi concluído -- decisão que alguns jogadores creditam às necessidades das televisões.
"Este é um esporte muito dinâmico e as regras internacionais têm mudado por causa da televisão", disse a australiana Natalie Cook, que competiu em todas as Olimpíadas desde que o vôlei de praia passou a constar no programa dos Jogos, em 1996, e que ganhou a medalha de ouro em Sydney.
Reviravoltas rápidas tornam o jogo mais dinâmico para a televisão, mas não é fácil para os jogadores, particularmente em Pequim.
"Quanto mais tempo você tem entre os pontos, melhor você se recuperar do último ponto e pode tomar água. Vai ser duro para os jogadores em um lugar tão quente e úmido como aqui", disse a brasileira Renata, parceira de Talita nos Jogos de Pequim.
Por toda essa pressão da televisão, os jogadores esperam que o tempo ocupado na mídia os ajude a trazer mais dinheiro para as quadras, treinamentos e prêmios, assim como informar o público sobre o esporte.
"Ainda há um forte elemento na mente das pessoas: os biquínis", disse Cook. "Mas, uma vez que elas de fato assistem a um jogo, compreendem como é dinâmico e atlético e, daí em diante, param de pensar em sexo."
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